quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Ceramicar, o verbo intransitivo mais presente na minha vida...

Já sei que a primeira cena que vem em sua mente é a do filme Ghost – do outro lado da vida, com Demi Moore e Patrick Swayze.

Mas ceramicar tem sido mais que isso.


Tenho trabalhado arduamente na especificação das matérias-primas que utilizamos no Teliê, em desenvolver parcerias com fornecedores  comprometidos com a qualidade, desenhar as peças  utilitárias da minha coleção, desenvolver novas formulações para esmaltação, além de produzir, queimar e comercializar as peças.



O que mais gosto de fazer é sentar no torno. Pegar um pedaço de argila, amassá-la, fazê-la girar em seu eixo, deixá-la fluir entre as mãos , senti-la adquirir uma forma... É inenarrável.  Transcende qualquer descrição. Só fazendo para entender o meu fascínio.  



 Porém  o meu dia a dia é muito mais que isso.  Diariamente sou desafiada a estudar e a repensar nas formulações de esmaltes e, com isso,  desenvolver novas técnicas (confesso que para esta parte conto com a orientação de uma professora muito querida, a Flávia Vanderlinde, do Senai). A análise dos resultados é extenuante. Chega a dar nó, pois além de pensar nas especificações das matérias primas, sou obrigada a estudar química, pensar nas reações, nos efeitos em determinados ambientes de queima, reformular para reajustar as formulações. 



Penso no processo de secagem das peças. E me deparo com condições climáticas malucas... em um dia um sol de rachar o cocoruto e no outro um frio de deixar pinguim congelado.  Um stress para não deixá-las passar do ponto!!!




E enquanto não sei com qual esmalte colorir as minhas peças, elas ficam assim, enfeitando a estante do Teliê...




Até breve!





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