Já sei que a primeira cena que vem em sua mente é a do filme Ghost – do outro lado da vida, com Demi Moore e Patrick Swayze.
Mas ceramicar tem sido mais que isso.
Tenho trabalhado arduamente na especificação das matérias-primas que utilizamos no Teliê, em desenvolver parcerias com fornecedores comprometidos com a qualidade, desenhar as peças utilitárias da minha coleção, desenvolver novas formulações para esmaltação, além de produzir, queimar e comercializar as peças.
O que mais gosto de fazer é sentar no torno. Pegar um pedaço de argila, amassá-la, fazê-la girar em seu eixo, deixá-la fluir entre as mãos , senti-la adquirir uma forma... É inenarrável. Transcende qualquer descrição. Só fazendo para entender o meu fascínio.
Porém o meu dia a dia é muito mais que isso. Diariamente sou desafiada a estudar e a repensar nas formulações de esmaltes e, com isso, desenvolver novas técnicas (confesso que para esta parte conto com a orientação de uma professora muito querida, a Flávia Vanderlinde, do Senai). A análise dos resultados é extenuante. Chega a dar nó, pois além de pensar nas especificações das matérias primas, sou obrigada a estudar química, pensar nas reações, nos efeitos em determinados ambientes de queima, reformular para reajustar as formulações.
Penso no processo de secagem das peças. E me deparo com condições climáticas malucas... em um dia um sol de rachar o cocoruto e no outro um frio de deixar pinguim congelado. Um stress para não deixá-las passar do ponto!!!
E enquanto não sei com qual esmalte colorir as minhas peças, elas ficam assim, enfeitando a estante do Teliê...
Até breve!
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